domingo, 21 de novembro de 2010

Com Proposta Inovadora, Chega ao Mercado a Revista Administradores

Equipe fala sobre o lançamento da publicação

Uma revista que ninguém esperava. É com esse espírito que a Administradores está chegando ao mercado, quebrando paradigmas e reinventando a maneira de falar sobre o mundo dos negócios. Com um projeto gráfico bastante diferenciado do que se costuma ver no segmento, a publicação tem por princípio a abordagem descomplicada dos mais diversos assuntos relacionados à Administração.

"Trata-se de um sonho antigo que conseguimos tornar realidade. Passamos os últimos seis meses elaborando o projeto editorial de uma revista totalmente diferente de todas as publicações nacionais da área de negócios", afirma Leandro Vieira, Publisher da Administradores.

Além de contar com o know-how da equipe que tem feito do Portal Administradores o maior site de Administração e Negócios do mundo em língua portuguesa, a revista foi pensada levando em conta as mais variadas ideias de pessoas da área. "Conversamos bastante com os leitores do www.administradores.com.br, trocamos ideias com professores, profissionais, acadêmicos de administração do Brasil e de vários países do mundo que são referência em Administração", conta Leandro.

"Queremos aproveitar nossa experiência como o mais acessado veículo on-line voltado à área de Administração e Negócios do país para ampliar a difusão de conhecimento com uma interface mais inovadora e dinâmica", destaca Fábio Bandeira de Mello, editor da Administradores.

A revista que ninguém esperava

Para ser uma publicação diferente, a Administradores não poderia ter um projeto gráfico comum. "Owww.administradores.com.br foi um projeto visionário desde sua criação. Quando me chamaram para fazer a revista, senti que não poderia ser diferente, que deveríamos fazer algo realmente novo e de impacto. Não é à toa que a revista se destaca de qualquer outra do gênero. Criamos uma publicação moderna, para os administradores do presente e do futuro", afirma o diretor de arte da Administradores, José Maia, que já trabalhou para a Trip e a Abril, além de jornais, revistas e agências de publicidade na Itália, Angola e Moçambique.

revista-administradores
 Matéria do número 0 da Administradores, sobre pós-graduação em Administração


Assinaturas

Para esse mês de lançamento, a Administradores está com uma super promoção, dando 50% de desconto nas assinaturas anuais.

Gary Hamel e a Administração: do Controle à Paixão

O atual cenário mundial impõe condições competitivas cada vez mais acirradas. Saiba como Gary Hamel, um dos mais influentes pensadores da Administração da atualidade, vê estes desafios e quais são suas dicas para ter sucesso

Recentemente Gary Hamel foi apontado pelo Wall Street Journal como o mais influente pensador da administração da atualidade. Lá do fundo do salão da HSM Expo Management 2010 eu estava prestes a saber o porquê.

Lembrando os grandes nomes da gestão do último século - como Edison, Taylor, Sloan, McGregor eDeming - Hamel explica que as recentes mudanças na Tecnologia da Administração não acompanharam o ritmo das demais revoluções pelas quais o mundo passou.

O novo cenário competitivo desenha-se implacável e, para dar o tom do desafio, Hamel lista alguns dos motivos:

1. Aceleração das Mudanças: nas duas últimas décadas a velocidade das transformações cresceu de forma exponencial. Inovações espalham-se em ritmo viral, independentemente de estarem no setor financeiro (vide a ascensão e queda dos títulos de subprime), entretenimento (iPads), ou eletrônicos (TVs de plasma, LCD, LED etc.).

Tais mudanças sugerem, continua o autor, um mundo descontínuo, onde os próprios mercados são incessantemente redefinidos por seus players - ou ao menos por aqueles que estão na vanguarda das inovações. Vejamos o caso dos celulares, por exemplo:
Evolução_Celular 
Em 1983 a pioneira Motorola apresentava o telefone celular como uma ferramenta de eficiência; em 1994 foi suplantada pela finlandesa Nokia, que celebrava-o como um símbolo de estilo de vida; até 2002, quando a RIM (Research In Motion) transformou-o num escritório de bolso; para, mais tarde, ser suplantada pelos iPhones da Apple: verdadeiros computadores de mão.

O novo imperativo, dentro deste instável cenário, impõe que a antiga Vantagem Competitivaevolua intrinsecamente, ou seja, renove-se por si própria no que Hamel chama de Vantagem Evolutiva.

2. Fim das Barreiras: historicamente muitos mercados eram protegidos por fortes barreiras de entrada, como a Inércia dos Consumidores (relutância ou preguiça para mudar), Restrições de Capital (financiamentos caros e inacessíveis), Economias de escala (métodos de produção que favoreciam grandes quantidades) e Tecnologias proprietárias (marcas e patentes).

Tais restrições foram caindo paulatinamente com a crescente desregulamentação e afrouxamento de leis, bem como evoluções tecnológicas disruptivas. Dentro desta nova ordem econômica, a chave para a sobrevivência é, segundo Hamel, Impregnar a Inovação no DNA da empresa.

O checklist para verificar se a companhia realmente obedece a este imperativo compreende três perguntas que, segundo o palestrante devem ser feitas a funcionários dos escalões mais baixos das empresas:

1. Como você é treinado para ser inovador?
2. Se você tiver uma idéia, quão difícil será para pô-la em prática?
3. Alguém saberá que você inovou?

3. Diferenciação cada vez menor: com o fácil acesso às mais modernas tecnologias a diferenciação reduz-se em todos os níveis - dos produtos à fabricação.

Em tempos de engenharia reversa e comoditização do conhecimento, as empresas não podem mais dormir sobre os louros de uma inovação disruptiva, sob pena de se tornarem os próximos a sofrerem com a próxima onda de quebra de paradigma.

Da sua concepção às prateleiras, o iPhone levou apenas 18 meses para ficar pronto, juntando tecnologias disponíveis no mercado - e sendo embalado, claro, com seu inconfundível designcaracterístico, acoplado a - aí sim - algumas de suas diferenciações próprias.

Assim, a Apple conquistou 4% do market share, embora detenha sozinha 40% dos lucros do setor. Mas sua outrora única tela touchscreen já é padrão nos outros fabricantes de celulares.

O novo imperativo nesta área competitiva passa a ser, então, a Relação entre Diferenciação e Custo, isto é, quanto custa para que cada empresa possa ter acesso e disponibilizar para seus consumidores determinada diferenciação?

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Tais mudanças no cenário competitivo de uma empresa passam, conclui Hamel, por Inovações na Tecnologia de Administração.

Comandar_Inspirar

O antigo modelo de gestão baseia-se em Comandar seus funcionários para extrair sua Inteligência, comprando sua Dedicação e impondo sua Obediência.

Esta tríade deve ser substituída, no entendimento do palestrante, por encorajar sua Iniciativa, liberar suaCriatividade para que flua suaPaixão.

Estes três fatores são inerentes à pessoa e formam traços de sua personalidade - que ela decide se vai levar para o trabalho. Ou não. Para tal, elas precisam ser Inspiradas.

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No próximo texto veremos as dicas de Gary Hamel para que as empresas se preparem melhor para competir neste cenário descrito. Veremos, ainda, seus exemplos de companhias que já abraçaram as novas Tecnologias de Administração - e o os resultados que já alcançam através da nova mentalidade.

Enquanto isso, pense em que tipo de empresa você trabalha: na que Controla ou na que Inspira? Até lá!

Conheça os 10 Mandamentos de Um Vendedor de Sucesso

Trabalhar como vendedor não é uma atividade tranquila. Estes profissionais têm de cumprir metas, conhecer os produtos e serviços, atender e principalmente conquistar os clientes. Mas por que alguns vendedores são bem-sucedidos e outros não são?

O presidente do CDPV (Centro do Desenvolvimento do Profissional de Vendas) e autor do livro "Histórias dos Verdadeiros Campeões de Vendas" (Ed. Ferreira Negócios), Diego Maia, explica que o que diferencia estes profissionais é a maneira como lidam com os desafios da carreira.

"É possível diferenciá-los pela forma como estas pessoas encaram seu serviço. Um vendedor de sucesso faz além das suas possibilidades. Ele também tem comprometimento com a sua carreira", explica o especialista.

Conhecimento

Ele acrescenta que um vendedor bem-sucedido busca ter conhecimento e informações além do que é exigido pela profissão. Maia aconselha que estes profissionais façam cursos na área ou até mesmo livres, já que em algum momento as informações extras podem ajudá-los em uma venda.

Ele conta que um vendedor de vinhos conquistou uma rede de restaurantes porque ouviu os funcionários conversando sobre qual a diferença entre enólogo, sommelier, entre outras nomenclaturas.

Como esta pessoa tinha conhecimento da área devido aos cursos realizados, ele explicou a diferença para os funcionários, o que despertou o interesse de um comprador por este profissional. "Ele tinha um diferencial, por isso conquistou o cliente", diz.

O especialista declara ainda que a realização de cursos aumenta o networking do profissional. Mesmo em cursos não relacionados a vendas, conhecer outras pessoas amplia as possibilidades de realizar negócios.

Mandamentos

O autor indica 10 atitudes que podem diferenciar um vendedor medíocre de um profissional de sucesso. "Estas dicas não servem somente para área de vendas, mas para as outras profissões", informa.

§  Preparação: Além de cursos como graduação, pós-graduação, cursos livres de vendas, marketing, negócios e cursos livres, é aconselhável a leitura de livros e revistas;
§  Planejamento de carreira: tenha em mente aonde deseja chegar. Por isso, estabeleça metas palpáveis. O especialista aconselha que as pessoas escrevam seus planos, assim não estarão somente no plano das ideias;
§  Planejamento financeiro: organização financeira é fundamental, já que muitos profissionais dependem da comissão de vendas. Pense no futuro. Faça seguro especializado para área e um plano de previdência privada;
§  Comprometimento: Tenha comprometimento com a empresa, com o produto e com os clientes. "É mais do que vestir a camisa", declara Maia;
§  Aprender com os erros: ao errar, peça o feedback, desde o chefe até o cliente;
§  Inovação: inovação não deve ser no sentido técnico ou científico. O vendedor deve colocar em prática todos os dias alguma ideia nova, como enviar artigos ou reportagens aos clientes que possam interessar, não almoçar sozinho, conhecer outros lugares, entre outras coisas;
§  Networking: deve ser feito tanto com profissionais da mesma área como com os de setores diferentes. Além de manter contatos com os clientes. "É se fazer presente. É estar permanentemente em contato com as pessoas", afirma Maia.
§  Faça com os outros o que você gostaria que fizessem com você: é fundamental ter ética. Ajude o cliente a crescer;
§  Venda e negocie benefícios: é importante enfatizar o que o produto pode proporcionar ao cliente;
§  Seja um portador de boas notícias: ninguém faz negócios com pessoas desmotivadas, por isso deixe os problemas de lado, e não os leve para o cliente. 

Beba da Fonte da Inovação e Transforme sua Empresa em Uma Máquina de Faturamento

Terry Leahy, CEO da terceira maior rede de supermercados do mundo, revela as oito lições para alavancar uma empresa através de ideias inovadoras

Você sabe qual é o segredo para um empreendimento duplicar sua receita em pouco tempo?

O inglês Terry Leahy parece ter descoberto. Ele transformou a rede britânica de supermercados Tesco na maior do Reino Unido e a terceira maior do mundo. Em seus pouco mais de 13 anos no comando da empresa, os lucros da Tesco subiram de US$ 1,08 bilhão para mais de US$ 3 bilhões, e seu número de lojas quintuplicou - hoje são 4.800 unidades. Estima-se até que uma em cada oito libras do Reino Unido seja gasta em alguma loja Tesco.

O segredo desse sucesso? O executivo aliou seu pensamento visionário e destemido nas tomadas de decisões, sempre pensando no futuro da empresa e acreditando em novas ideias.

Em sua palestra no HSM Management 2010, Terry Leahy revelou que a maior fonte de inovação das empresas está, principalmente, nas formas com elas lidam com seus consumidores, seja através de seus preços, valores, qualidade de serviço, atenção ou benefícios.

Na Tesco, Leahy investiu em produtos inovadores, novos formatos de loja e novas linhas de negócios. Com os olhos no futuro, sua abordagem proporcionou aos clientes as mais recentes inovações no varejo e levou-o a construir um negócio que está na vanguarda da indústria global de varejo.

"Queríamos ser a escolha natural dos clientes e para isso criamos novos formatos comerciais. Deixamos de atuar apenas em varejos de produtos para passar a oferecer também o varejo de serviços. O propósito da Tesco era trazer benefícios e facilitar a vida do cliente", revela o executivo.

Poder de escolha

Uma das formas da Tesco ter alcançar esse patamar foi buscar entender melhor seu consumidor. Nessa hora, o poder da escolha do consumidor funcionou com uma ferramenta para ajudar no aperfeiçoamento dos produtos e serviços.

"Procuramos ficar mais perto dos clientes. Nós paramos para ouvi-los e passamos a atuar e definir nossas ações de acordo com suas necessidades", indica Terry Leahy.

Trabalhando a mentalidade da empresa

Uma das características marcantes no posicionamento da empresa foi preservar uma mentalidade de empresa pequena num corpo de empresa grande. Nela, foram mantidos alguns propósitos essenciais de valores e de estratégias.

Sir Terry Leahy                                                        Palestra de Terry Leahy na Expomanagement. Foto: Lola Studio 

Poder de Liderança

Terry Leahy destaca também que um dos segredos para obter bons resultados foi implementar uma gestão de trabalho capaz de fazer todos os colaboradores crescerem juntos. O CEO indica que "liderança é menos o que o líder faz e mais o que ele ou ela consegue que os outros façam".

"Um líder consegue levar as pessoas mais longe do que elas imaginam. Ele trabalha na auto-estima e confiança das pessoas. Todas as empresas precisariam construir a maior capacidade de líderes. Isso faz com que as pessoas assumam a responsabilidade e tomar decisões quando for necessário", declara Leahy.

8 lições

Terry Leahy revelou ainda os oito passos essenciais para transformar empresas em máquinas de faturamento. Confira:

1 - Encontrar as verdades - É preciso identificar a sua real imagem diante dos concorrentes e clientes. Ouvir o cliente e as pesquisas de mercado permitem descobrir como anda a reputação de uma empresa. Assim é possível analisar o comportamento e aquilo que realmente importa aos consumidores.

2 - Metas audaciosas – Metas audaciosas e em longo prazo permitem chegar mais longe.

3 - Visão, valores e cultura – Deixe seu consumidor saber quem é sua empresa, seus valores e que oferece. Marcas confiáveis deixam os clientes mais fiéis.

4 - Siga o cliente – São os clientes que estabelecem as prioridades, a estratégia, e não a concorrência. Fique próximo ao cliente, escute e saiba suas necessidades. Dessa forma eles irão valorizar a empresa. Um exemplo foi a Tesco Express que foi criada para atender as demandas de pessoas que moram sozinho.

5 - Pessoas, processos e sistemas - É preciso pensar nas pessoas, processos e sistemas em conjunto. É preciso trabalhar numa logística para que as ações sejam bem realizadas e os gastos sejam reduzidos.

6 - A competição é boa – Ter concorrentes é um processo democrático. Nela, o cliente escolhe o produto e serviço que oferece o melhor. A competição ajuda a aperfeiçoar negócios.

7 - O simples é melhor do que o complexo – As ações simples são mais rapidamente executadas e os sistemas simples custam menos. Isso inclui a comunicação. É muito importante aprender falar com seu público de forma sucinta, rápida e eficiente.

8 - Liderança – Um líder consegue levar as pessoas mais longe do que elas imaginam. Ele trabalha na auto-estima e confiança das pessoas. Todas as empresas precisariam construir a maior capacidade de líderes. Isso faz com que as pessoas assumam a responsabilidade e tomar decisões quando for necessário.


Terry Leahy

Leahy ingressou no curso de formação de gerentes da Tesco em 1979 e foi nomeado CEO em 1997. No início dos anos 2000, a rede quintuplicou seu número de lojas, que hoje é de mais de 4.800 unidades. 

Tropa de Elite 2: A Elite da Podridão

Que qualquer sistema é passível de corrupção, todos concordam. Mas como combater esse mal se aqueles que pensam diferente são vetados pelos influenciadores mau caráter?

Resolvi assistir Tropa de Elite 2 e saí com algumas questões na cabeça, principalmente comparando o sistema público às empresas privadas. Será que a banda podre que influencia negativamente está relegada apenas ao ESTADO (como sentido amplo).

Que qualquer sistema é passível de corrupção, todos concordam. Mas como combater esse mal se aqueles que pensam diferente são vetados pelos influenciadores mau caráter? É possível acabar com esse status intocável de que todo poder corrompe?

Vi no CORONEL NASCIMENTO (outrora CAPITÃO), uma espécie de atitude que todos nós, gestores ou não, gostaríamos (ou teríamos) que ter perante os fatos. Não se esconder, não se omitir e partir para cima do problema com todas as forças. Porém, isso dá trabalho, gasta muita energia e pode ser extremamente perigoso. Daí então é mais cômodo ficar apenas observando e tentando sobreviver à dura realidade.

Cultura e Atitude: palavras que podem mudar um ambiente. É preciso fazer com que as pessoas pensem da forma correta a partir de exemplos e espalhar a cultura do certo. E mais do que isso, é preciso muito atitude por meio de líderes que façam acontecer para que tudo caminhe para o rumo correto. Isso é algo raro nos dias de hoje. Desligar o botão pode custar seu emprego, sua saúde, seus contatos.

A máquina pública influenciou a iniciativa privada ou ao contrário? Realmente é impossível datar tais fatos com precisão. O que temos que pensar é no presente e como vamos mudar essas atitudes. Pode parecer um pouco de SOBERBA da minha parte, mas tenho uma visão clara (apesar das fatias podres nos dois sistemas): A iniciativa privada anda a passos largos, enquanto a pública, engatinha.

Isso se deve ao fato da máquina estatal sempre privilegiar grupos restritos, que já tem a cultura do errado entranhado em suas câmaras e plenários. Por sua vez, a privada, por mais que visse interesses puramente econômicos, ajuda a manter índices de desenvolvimento e ajudar iniciativas sociais (muitas vezes apenas para parecer bonzinho, porém esse papel é do ESTADO).

Em suma, NASCIMENTO é um líder sem pudores, capaz de fazer acontecer. Uma pena que a realidade nos mostre que figuras raras (e fictícias) como esta estejam tão longe das nossas visas. Quando todos pensarem como CAVEIRAS, quem sabe possamos pensar em ter um futuro com igualdade social e paz.

Eles fazem o que todos queremos, mas não temos coragem para tal. No dia que tivermos, tudo mudará e o medo passará para o lado de lá, onde estão os corruptos, bandidos e todo o resto da corja. Chegará o dia que eles terão que nos temer e tenho dito.

Quando Elas Comandam

De gerentes a presidentes de nações. Mulheres quebram tabu e conquistam altos cargos antes dominados exclusivamente pelo homens. Confira entrevista com a executiva Alessandra Zanettique que superou os preconceitos através da competência

O tabu de que os homens são os mais eficientes para altos cargos executivos, enfim, está acabando. Cada vez mais mulheres estão ganhando espaço em cargos gerencias, como principais executivas de empresas e até como chefes de Estado.

No último dia 31 de outubro, o Brasil demonstrou esse fato e elegeu a primeira presidente mulher de sua história. Dilma Rousseff vai entrar para um restrito "clube" de líderes de nação que conta hoje com 17 mulheres. Entre elas estão a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Outras duas mulheres também exemplos dessa transformação e que ocupam altos cargos empresariais são: Maria das Graças Foster, diretora de Gás e Energia da Petrobras, e Luiza Trajano, diretora do Magazine Luiza.Essas duas brasileiras se tornaram símbolos de competência e sucesso na América Latina.

Por sinal, até em áreas consideradas restritamente "refúgio dos homens", essa realidade está se alterando. Na Inter.net, agência de tecnologia que oferece serviços na área de Tecnologia da Informação, por exemplo, a competência venceu o machismo. A filial da empresa aqui no Brasil foi construída em 2001, e desde o início quem preside é a Alessandra Zanetti. Ela, por sinal, é a única mulher a ocupar o cargo de CEO em todas as 13 filiais da empresa e uma das raras executivas no cenário da tecnologia, incluindo TI, Telecom e Digital.

Em um bate papo exclusivo com o www.administradores.com.br, Alessandra falou da difícil trajetória de chegar e manter-se no cargo, além dos desafios e transformações da mulher de hoje.


1 - A área de TI é conhecida por ser uma área de atuação quase exclusiva de homens. Como foi chegar ao cargo de presidente da Inter.net e manter-se a tanto tempo na função?

Não foi fácil chegar a este cargo. Foi necessário muito trabalho duro e determinação para provar que eu seria capaz de administrar e reerguer uma empresa do porte da Inter.net brasileira. Manter-se na função foi ainda mais complicado. Superamos a crise da bolha "pontocom" no início de 2000, em que fui responsável por toda a reestruturação da Inter.net para adequar a empresa a um modelo de empresa multifuncional, versátil e inovador que continua até hoje. Como mulher e profissional, tive que mostrar muito mais resultados do que o esperado para provar que eu merecia permanecer onde estava.

2 - Chegou a sofrer algum tipo de preconceito machista durante esse período?

Acredito que todo bom profissional, seja homem ou mulher, deve ter comprometimento, senso de liderança e responsabilidade. Como há uma predominância de homens no mercado de tecnologia, é normal haver uma dificuldade a mais para as mulheres em se posicionar e destacar neste setor em específico. Mas, no meu caso, nunca tive que provar que sou competente pelo fato de ser mulher apenas, e nem de sofrer preconceito machista declarado. Já senti uma hesitação e até surpresa por parte de quem me conhece pela primeira vez e vê que sou CEO de uma empresa de tecnologia, pelo próprio motivo de ser raro encontrar mulheres presidentes no ramo em que atuo. Mas, felizmente, nunca passei por uma situação de tratamento discriminatória e ofensiva.

3 - É difícil gerenciar uma equipe recheada de homens?

Não, pelo contrário, é uma convivência harmoniosa, respeitosa e bastante enriquecedora. Prezo pelo trabalho com homens dedicados, criativos e proativos. Na Inter.net, temos uma seleção rigorosa de quem irá trabalhar conosco. Nossa escolha não é só baseada em diferenciar pessoas capacitadas na área de TI e Telecom, mas profissionais comprometidos e que saibam trabalhar em equipe. Assim, aprendo muito com eles e não deixo qualquer desentendimento ou dúvida atrapalhar o relacionamento e a comunicação entre nós. Além disso, os homens têm uma visão extremamente pragmática e focada dos negócios, além de ter um posicionamento mais equilibrado e ponderado na forma de pensar e agir. Isso faz toda diferença quando você tem que gerenciar e liderar uma equipe.

4 - O que você acredita ser eficaz para gerar mais produtividade entre esses colaboradores? Para isso é preciso ter pulso firme ou utilizar o perfil "mãezona"?

Estimular a criatividade e novas ideias, valorizar o bom desempenho e estabelecer, sempre, uma comunicação aberta e colaborativa com todos. Há ocasiões em que é preciso ser rígida e ter pulso firme, principalmente quando se tomam as decisões ou surgem conflitos. Mas, da mesma forma, é necessário saber compreender e ouvir, afinal, você lida com pessoas, que têm sentimentos e emoções e são iguais a você. Isso é mais fácil para as mulheres, que costumam demonstrar um lado afetivo e emocional maior, o que é uma grande vantagem sobre os chefes homens. Saber equilibrar o emocional e racional é a chave para as executivas e líderes mulheres.

5 - Maria das Graças Foster (pela Petrobrás) e Luiza Trajano (pela Magazine Luiza) são líderes internacionalmente respeitadas pelo brilhante trabalho que fazem em seus setores. Elegemos também nossa primeira presidente. Você acredita que, enfim, as mulheres estão sendo mais reconhecidas pelo seu trabalho e, por isso, conquistando mais cargos gerenciais?

Sim, não tenho dúvidas disso. A inserção das mulheres no mercado de trabalho vem ocorrendo com grande força nos últimos anos, o que é excelente para o crescimento da independência e autonomia feminina na sociedade atual. As mulheres de hoje estão desenvolvendo seus estudos e sua carreira, atingindo o posto de liderança que, antigamente, era restrito apenas aos homens. Acho isso uma conquista extraordinária e tenho orgulho disso como mulher, pois, apesar dos entraves e dificuldades que as mulheres sofrem ainda, conseguimos avançar muito em termos de perspectiva profissional, pessoal e financeira.

6 – E sobre o mercado de Tecnologia da Informação? Você acredita que será possível desassociar essa profissão como "área geralmente para homens" e ter uma igualdade de profissionais de ambos os sexos em breve?

Sim, certamente. Já estamos observando um número expressivo de mulheres assumindo cargos de liderança nesta área de TI e isso é uma tendência para os próximos anos. Vamos ver cada vez mais mulheres se destacando em suas respectivas posições, o que inspira e estimula novas mulheres a se aventurarem por este mercado, que não necessariamente deixará de ser dominado por homens, mas contará com brilhantes contribuições femininas. 

David Ulrich: As Verdadeiras Virtudes dos Líderes Dentro das Equipes

A maior autoridade em gestão de recursos humanos no mundo fala com exclusivade ao Portal Adminitradores sobre as características indispensáveis para o exercício da liderança
A liderança é um atributo nato ou algo que se constrói ao longo da vida? Especialistas, empresários e demais pensadores, de diversas áreas, sempre discutiram sobre essa questão, sem nunca terem chegado a um consenso. Entretanto, não há quem discorde de que um líder, independentemente de ter nascido ou ter sido formado para liderar, precisa carregar consigo uma série de variáveis que, juntas, vão ser responsáveis por caracterizá-lo com tal.

David Ulrich, um dos maiores nomes do mundo quando o assunto é liderança, em entrevista exculsiva ao Portal Administradores, explica que mais da metade das características de um líder estão concentradas em cinco pontos. São eles: proficiência pessoal, estratégia, execução, gerenciamento de talentos e desenvolvimento de capital humano.

Segundo Ulrich, proficiência pessoal significa estar preparado para controlar o stress e ter autoconhecimento para lidar com as demandas. Já em relação à estratégia, ele diz que é preciso saber planejar o futuro e compartilhar os pontos de vista com os outros, de modo que seja possível trazê-los para seu lado. E a capacidade de execução é referente à competência para efetivar mudanças.

As outras duas questões, gerenciamento de talentos e desenvolvimento de capital humano tocam, certamente, nos âmbitos mais sensíveis da liderança, que é o apoio ao crescimento individual e coletivo dos liderados. Segundo Ulrich, é pela eficiência nessas duas atividades que passa a ser possível "construir talentos para o futuro para beneficiar a organização ou a companhia".

Na hora das mudanças

"Para as mudanças terem sucesso, comunicação é a chave. O líder não pode esperar que os liderados o sigam se eles não forem informados sobre os planos para o futuro e de quais devem ser suas contribuições para as mudanças", afirma Ulrich.

"Cada indivíduo tem que entender como as mudanças vão beneficiá-lo – a velha pergunta 'O que há para mim?' deve ser respondida por todos os envolvidos na mudança. Comunique-se antes e durante todo o processo de transição", complementa o guru.

Quem é David Ulrich

Norte-americano, é professor de Management na Ross School of Business da Universidade de Michigan e autor de mais de 100 artigos e 15 best-sellers. Além disso, David Ulrich é palestrante, coach e consultor. É tido como um dos maiores nomes no meio empresarial quando o assunto é liderança.

No dia 10 desse mês, David Ulrich estará em São Paulo, encerando a HSM Expomanagement, com a palestra "O Código da Liderança". Para conferir a programação completa do evento, clique aqui.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Perigo dos Chefes Egocêntricos

O que fazer se você trabalha com um chefe egocêntrico, arrogante ou com vaidade exacerbada? Como lidar com um chefe que rouba o crédito de sua ideia, reduz sua autoestima ou reprova seus projetos, negando a promoção para um novo cargo ou delegando para outros seu projeto mais sonhado?

Chefes inseguros e egocêntricos podem prejudicar os subordinados, principalmente os melhores talentos, envenenar o clima organizacional e comprometer os resultados da empresa. Em geral, executivos com esse perfil ofuscam o brilho dos profissionais mais talentosos porque, de forma maquiavélica ou mesmo inconsciente, enxergam neles uma grande ameaça a seu poder. Na vida real, as situações em que o ego e a vaidade das chefias se sobrepõem ao brilho dos melhores profissionais são muito comuns, mesmo na era em que a liderança, trabalho em equipe e retenção de talentos são palavras de ordem numa organização.

Maturidade emocional não é requisito para alguém se tornar chefe. Não é a regra, mas, muitas vezes, pessoas mais disciplinadas, dedicadas e inteligentes, ou aquelas que souberam conquistar posições graças à habilidade de lidar com a intrincada teia política da empresa, são exatamente aquelas que menos desenvolveram equilíbrio emocional ideal. Aliás, em algumas empresas, ser egocêntrico é quase um requisito para progredir na vida profissional.

Mas o que fazer se você trabalha com um chefe egocêntrico, arrogante ou com vaidade exacerbada? Como lidar com um chefe que rouba o crédito de sua ideia, reduz sua auto-estima ou reprova seus projetos, negando a promoção para um novo cargo ou delegando para outros seu projeto mais sonhado?

Dou vários conselhos no meu livro "Erre Mais". Primeiro não confronte um chefe inseguro em público; isso pode ser extremamente perigoso, pois aguça ainda mais a sua insegurança. Fale sobre suas ideias reservadamente com ele antes de discuti-las em público. Também é inteligente compartilhar o mérito de suas melhores ideias com ele – aí, sim, em público –, solicitando sua opinião. Agindo assim, você estará tornando-o um aliado, e não um inimigo. Pessoas inseguras e egocêntricas costumam se sentir muito sozinhas e podem, portanto, valorizar uma atitude aliada.

Um erro frequente é tentar conquistar esse tipo de executivo com elogios exagerados. Ele não é bobo e pode se sentir manipulado. E, muito importante, respeite a própria dignidade e não permita que ninguém o maltrate, nem em público nem a portas fechadas. Quando um chefe egocêntrico torna-se inconveniente ou desrespeitoso, fale com ele primeiro, mas, se necessário, procure outros aliados dentro da organização, até falando com o chefe do próprio chefe nas situações limite.

Um bom ambiente, liderado por um profissional que saiba conduzir com maestria sua equipe, é fator-chave para aumentar a coesão interna, garantir a retenção dos talentos e melhores índices de produtividade. De maneira geral, manter a linha de comunicação sem ruídos é um passo importante para o entendimento e a integração da equipe.

Relacionamentos em geral são complicados e ninguém tem a garantia de que encontrará, no próximo emprego, um chefe dos sonhos. Portanto, antes de se demitir por causa de um chefe inseguro ou egocêntrico, aposte suas fichas na melhora da comunicação e do relacionamento. Afinal, muitas vezes o emprego atual é a melhor oportunidade de crescimento de uma carreira.